28 fevereiro 2010

O intelectual impoluto




O mundo para ele era uma bosta, exceto quando ouvia música.

Somente a música permitia que as dissonâncias do mundo deixassem de ser a fedentina incompreensível que o incomodava, a música de suas próprias palavras.

Ao mergulhar em seus volteios de fina harmonia, peregrinava por infinitos círculos aconchegantes, de uma dimensão tão inapreensível quanto suportável...

E sua arrogância, provisoriamente embalada e adormecida.



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