24 outubro 2009

José Manuel Zelaya


(Latuff)


"A pocos días está la restitución del presidente que eligió el pueblo hondureño, a pocos días está nuestro triunfo para Honduras y para que vuelva la paz y la tranquilidad" (...)

"No queremos presos ni perseguidos políticos, queremos elecciones con el presidente que escogió el pueblo en la silla presidencial, no queremos elecciones con censura en los medios de comunicación" (...)

"Estamos claros que no aceptamos perder nuestra democracia, perder nuestra paz. Aquí en Honduras, lo hemos dicho a los cuatro vientos, los presidentes los escoge el pueblo en las urnas, no un grupo de elite" (...)

"Están preparando un gran fraude en contra del pueblo hondureño, a nosotros nos asiste la razón, por eso todas las naciones del mundo desconocen a este Gobierno, condenan el golpe y apoyan la resistencia contra el golpe en Honduras".

(por TeleSUR)

-o- 

Este blog apóia desde o princípio o presidente constitucionalmente eleito de Honduras, José Manuel Zelaya Rosales. Não é porque gosto do bigode ou do seu chapéu de texano, mas simplesmente porque ele é o presidente eleito, que foi sacado do poder de modo truculento, na calada da madrugada de um domingo.

Este blog reconhece desde o princípio que houve um golpe de estado, que se instalou um governo de facto presidido por Roberto Micheletti. E reconhece e apóia a luta da resistência hondurenha, que de alguma forma está ativa nas ruas, malgrado todos os esforços de repressão promovidos pela ditadura em vigência. Falo, assim, da existência de uma ditadura, com todas as letras, porque se trata de um regime nascido da violência e que gera violência, para benefício de uma parcela privilegiada da população. 

Um regime de exceção que, como outros regimes de exceção, não tolera a liberdade de manifestação popular e implementa o toque de recolher. E como em qualquer outro regime de exceção, seu ditador vagueia pelos corredores do palácio, assustado com a própria sombra. Ouvi essa descrição numa emissão radiofônica, a voz frágil, porém contundente, de uma mulher que ainda trabalhava no palácio, e que teve a coragem de descrever os passos que ecoavam pelo silêncio...

Acompanho de perto desde o início (28 de junho deste ano) as marchas e contramarchas deste golpe: por uma coincidência, desde o dia anterior estava em Caracas, Venezuela (país onde o oligopólio midiático de nosso país enfatiza que não existe liberdade de expressão...), e ao longo de uma semana colhi informações, em tempo real, seja da TeleSur (com cobertura direta de Tegucigalpa), seja da CNN. Os boletins eram frequentes, e quem quisesse conseguia as informações necessárias, da coloração que desejasse. A TeleSur, como a VTV, a Vive, informavam em cadeia sobre o golpe; a CNN e a Globovisión informavam sobre a substituição forçada do governo.

Os organismos multilaterais de todo o mundo (como a Unasul, Alba, Mercosul na América do Sul, a OEA nas Américas e Comunidade Européia e ONU) condenaram o golpe e isolaram o regime de facto, que sem qualquer sustentação (exceto de parte da bancada republicana estadunidense) provoca um impasse político sem qualquer benefício ao país, postergando o acerto de contas com a população hondurenha e com a história. 

Este blog, portanto, prossegue no aguardo da restituição constitucional, única possibilidade para que as eleições marcadas para o próximo mês reflitam o resultado autêntico da expressão popular, sem casuísmos ou manipulações.



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