A cidadã estadunidense Rachel Corrie era membro do Movimento de Solidariedade Internacional (ISM) quando ousou colocar-se diante de um buldozzer da Caterpillar, em Gaza, acreditando que impediria a demolição de uma edificação palestina. Foi sua derradeira ação engajada.
O crime ocorreu em 16 de março de 2003, ela tinha 23 anos e afora esparsas manifestações de condolências que minguaram pelo mundo, o caso foi esquecido. Como em outros casos de violência desmedida, o governo de Israel eximiu-se de qualquer responsabilidade pela morte da jovem ativista.
Agora, a embarcação humanitária Rachel Corrie, integrante da Flotilha da Liberdade, que teve barcos abalroados há poucos dias por lanchas israelenses em águas internacionais, encontra-se a 200km da Faixa de Gaza, com uma carga de 1.200 toneladas (material de construção - para a recuperação de parte da infraestrutura destruída na operação Chumbo Derretido - equipamentos médicos, cadernos para os estudos das crianças e brinquedos).
As pessoas à bordo são de nacionalidade irlandesa e malaia, dentre as quais a prêmio Nobel da Paz (1976) Mairead Corrigan, e a previsão de chegada à Gaza está prevista para a manhã deste sábado. Na verdade estaria, pois o chanceler israelense Avigdor Lieberman afirmou de maneira peremptória que "nós vamos parar o navio e também qualquer outro barco que tentar ameaçar a soberania israelense". (O Globo)
Nada mais direto, intolerante e inconsequente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário