Calle Santiago del Estero, 2015 |
Eleições encerradas, 18h30. Teremos em menos de uma hora os primeiros resultados do sufrágio que irá renovar la mitad de Diputados y un tercio del Senado. Nas primárias abertas simultâneas e obrigatórias (PASO) ocorridas em setembro, a derrota oficialista foi contundente: Juntos por el Cambio, a oposição majoritária de cariz conservador, reuniu 41,53%, um acréscimo de pouco mais de 11% em relação às últimas eleições; a Frente de Todos, grupamento que comanda as duas casas legislativas e o executivo, peronista, reuniu 32,43%, uma queda de mais de 32%. A coalizão de direita teve 6,41%, sob a liderança de uma figura folclórica, Javier Milei, e conseguiu mais votos que, por exemplo, a Frente de Izquierda (5,12%) e outra coalizão peronista, mas rompida com o kirchnerismo, Vamos con Vos, (5,54%). Milei é uma espécie de Bolsonaro argentino, não tão tosco e fútil, mas igualmente fanfarrão, bastante popular entre os jovens.
O que se espera, no bunker do oficialismo, é que ao menos a diferença seja reduzida, uma vez que o tempo passado entre as PASO e estas eleições foi de dois meses. Já se sabe que houve um acréscimo de 10% no número de votantes, o que não significa que seja uma boa notícia para o governo. Tenho ouvido pelas manhãs a programação da rádio AM 750, sob o comando da equipe de Victor Hugo Morales, onde diariamente acompanho as análises da complexa conjuntura política que afeta o desempenho governista, assim como os problemas econômicos crônicos, como desemprego e a alta inflação, que não foram devidamente atacados. Ouço agora os primeiros informes vindos de distintas províncias, e as análises seguem muito cautelosas. Nada parece indicar, até o momento, que haja grande mudança em relação às eleições primárias. Aguardemos.
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