Não li ou ouvi uma mísera palavra do jornalismo de cativeiro analisando o que significa a decisão da Câmara de Apelações Britânica em acatar o pedido de extradição de Julian Assange, líder do Wikileaks, para os EUA. Triste e lamentável observar o fato, do ponto de vista jornalístico, como consumado.
O calvário de Assange permanece e ao que tudo indica, se prolongará indefinidamente, sem que qualquer analista das mídias corporativas tenha a coragem de denunciar a violência contra a liberdade de expressão. Os pretensos guardiões da moral, que atacam diuturnamente a ausência de liberdade em Cuba, Venezuela, China, se calam cordatos, como se o fato fosse uma decisão política, de segurança nacional.
A propósito, desde que o lawfare se disseminou na política latino-americana, o direito à liberdade de expressão se apresenta como prerrogativa restrita ao jornalismo hipócrita, que serve de correia de transmissão às imposições do poder econômico-financeiro. No lugar da caneta, a espada na mão para vilipendiar tudo o que seja inconveniente à infame ordem neoliberal.
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