Tão bonito
e intrigante conhecer mais uma das histórias negadas em nossa escola
"comunista", sobre este marujo indômito, João Cândido, o
"Almirante Negro", e sua liderança contra os maus-tratos na marinha.
O
jornalista Edmar Morel lançou Revolta da Chibata em 1959, sob o governo
democrático de Juscelino Kubitschek, e para ele João Cândido foi o "herói
da ralé", termo que descreve um estrato social retomado em importante obra
contemporânea pelo sociólogo Jessé Souza (Ralé Brasileira).
Sobre João
Cândido, vale uma descrição de Morel que soa muito atual: "O Congresso
Nacional e o governo, incapazes de uma reação ante o poderio de fogo do Minas
Gerais, que comandava a esquadra sublevada, em troca da magnitude do negro
admirável que deixou de arrasar a Capital Federal, anistiou o herói para, em
seguida, num ato de felonia, tentar assassiná-lo no fundo de uma masmorra da
era medieval".
Num
momento de indigência política patrocinada por uma canalha golpista, vale a
pena retomarmos o valor da luta política de nossas autênticas referências
históricas.
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