17 janeiro 2015

O encanto carioca


Antonio Carlos Jobim, capa do disco lançado pela Elenco, 1964


Estar no Rio de Janeiro para mim, ainda que por uma breve jornada, é retomar os elementos que incorporam o ser brasileiro, em sua múltipla e diversa interação com a vida cotidiana. A beleza dos casarões arborizados de Botafogo, o espírito das mobilizações na Cinelândia, a delicadeza dos arcos da Lapa, o Cristo que nos acompanha a cada canto, a conversa solta em qualquer esquina. É ouvir Antônio Carlos Jobim, mas também Nelson Cavaquinho, saber do sol em suas cores, do mar em sua poesia. É revisitar as peculiaridades da literatura brasileira, de João do Rio a Vinícius, as paisagens do Cinema Novo, a bossa nova no Leblon ou o charme em Madureira, e aproximar das narrativas de nossa diversidade social. 

É também recuperar o vínculo incondicional com os signos de Nuestra America, tão presente no imaginário popular, para sentir sua história e sua cultura pulsando nas veias. Como é bom estar no Rio de Janeiro.



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