11 outubro 2010

Por que Dilma


Ao acompanhar ontem o debate entre os candidatos à presidência, reforcei as duas impressões que tenho de cada um: do candidato oposicionista, que me aparece como um pastel de vento, insosso em seus propósitos, sempre preocupado em prometer e mostrar que sabe o que não sabe; e da candidata Dilma Rousseff, que mostra um consistente conhecimento do projeto a que se propõe dar continuidade. Simples assim.
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Ao ouvir Serra, não ouço nada de estimulante, não me convenço com seu trololó, repisado e vago demais para quem almeja oferecer algo de inovador. Ao ouvir Dilma, sinto em sua contundência o espírito de um trabalho que aprofundará as importantes mudanças em curso em nosso país. Compreendo seus argumentos, admiro seu entusiasmo e respeito a coerência de sua história, aspectos que não contemplo no candidato opositor.
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Além do que, esse projeto de nação se liga a um projeto mais amplo, o da integração regional, reforçando as relações políticas e econômicas com os países sul-americanos. Dilma dará continuidade a uma política externa até aqui bem sucedida, marcada pela autonomia de princípios e pelo aprofundamento das relações multilaterais. Ou seja, não permitirá que voltemos a nos sujeitar aos ditames do consenso de Washington, nem tampouco à volúpia desmedida dos capitais especulativos.
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Prosseguiremos com uma política de incentivo à presença de empresas nacionais em setores estratégicos para o país, ao desenvolvimento tecnológico que melhore as condições de vida do povo brasileiro, às políticas de microcrédito, à preservação e aperfeiçoamento dos projetos sociais. E não tenho dúvidas que, com Dilma, as reformas necessárias, dentre elas a política, bem como a regulamentação das leis dos meios de comunicação, serão implementadas.
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E por que não acrescentar, será importante como um novo gesto de ousadia democrática de nosso povo, que após a governança bem sucedida de um torneiro mecânico, seja proclamada a força e a sensibilidade da governança conduzida pela mulher brasileira.

Uma oportunidade de grande significação, e bem ao nosso alcance.



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