Reencontro Madri após exatos 35 anos. Na ocasião, nos meus parcos 30 anos, encerrava uma aventura de 75 dias, circulando com mochila por meia Europa, em um tempo que as fronteiras eram mais rígidas e as nacionalidades, mais destacadas umas das outras. O espírito da comunidade europeia não estava implantado, o bloco comunista estava em seu estertor e não era de bom tom falar inglês na França. Madri estava lá, bela e altaneira, mas poucas são minhas recordações da cidade. A principal, o maravilhoso Guernica, de Picasso, que vi com muita tranquilidade na sala especial em que se encontrava, ainda no Prado. O quadro teve especial significado pois eu acabara de chegar do País Basco, e de uma breve visita à cidadezinha de Guernica. Havia outro referencial, este fílmico, a Árvore de Guernica, que conheci com emoção. Já no Prado, lembro do caminho antes de chegar ao quadro, adornado por esboços da obra. Depois, em algum momento, um prato, chipirones en su tinta, com vinho branco da casa, o calor de verão, minha estada em algum hotel da Gran Vía, coisas vagas assim. Permaneci por dois ou três dias, e tomei o destino de Lisboa, que mal conheceria, praticamente só para tomar o avião de volta ao Brasil.
Hoje embarco com Mônica, minha querida e amada companheira, para desvelarmos com um pouco mais de tempo (5 dias) a cidade. E começaremos pelo mesmo Prado, e depois o museu da Reina Sofia, para o reencontro com Guernica. Haverá uma breve ausência de postagens, e no retorno, fica a promessa de novas imagens desta bela cidade.
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