Confesso que a ouço muitas vezes ao dia. Não apenas a desejar-me boa noite, mas também os fragmentos de seus pensamentos, os mais aflitos, os mais suaves e esperançosos... No primeiro caso, murmúrios que dialogam comigo, normalmente ecoados em distintos momentos do dia. E no último caso, a conexão é límpida, instantânea, imersa em sonoridade encantada! Me recobre de uma alegria instantânea, que agora descubro sua origem!
E também confesso que muitas vezes não apenas ouço, mas participo de seus sonhos, como um observador atento, que se desgarra do sono ameno para esse espaço de luz e amor de suas rememorações... A tudo acompanho, e me emociono. Permaneço assim, em insondável desvario, até regressar para o meu descanso, que pode seguir quieto e profundo, ou ao contrário, uma vez contagiado pelas histórias de seus sonhos secretos, retomá-los e continuá-los como meus...
Nos momentos sem conexão, sobra-me a saudade vigorosa, tão explêndida nas imagens desejadas, como esperançosa com o dia seguinte.
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