É tão bom sentir as noites de outono mais frescas, manter o corpo menos contraído pelo frio descabido. Seguimos em confinamento, embora haja o que se denomina flexibilização de movimentos, e em muitas partes urbanas, as pessoas se amontoam de maneira quase irresponsável. O desgoverno não toma qualquer medida, será um horror em todos os critérios até seu amargo final.
Desisti de acompanhar passo a passo a escalada do número de mortes, pelo absurdo da situação. E essas pessoas que nos desgovernam se sustentam por um fio, e assim permanecerão. Prometem preservar os direitos de uma minoria produtiva, que tem como se proteger e que almeja acima de tudo retomar seus confortáveis dividendos. O outono menos íngreme é um sinal menos apreensivo.
Preparo o pão caseiro, será uma espécie de redenção, um modo
de permanecer mais saudável e mais preocupado com tarefas pertinentes. Daqui a pouco veremos o resultado. Agora
aguardo o momento de falar com minha querida, e declamar-lhe algumas poesias
para que possamos dormir mais felizes.
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