25 agosto 2017

O maravilhoso barroco e o maravilhoso encantado


O grupo de estudos Mnemon, ligado ao PPGCOM ESPM e do qual tenho a alegria e satisfação de fazer parte como pesquisador, lançou na última sexta-feira o livro Cosplay, Steampunk e Medievalismo: memória e consumo nas teatralidades juvenis, resultado de profunda pesquisa coletiva levada a cabo nos dois últimos anos sobre o tema. Conforme destaca Mônica Nunes no prefácio, “A heterogeneidade do grupo, formado por mestrandos, doutorandos, mestres e doutores, proporcionou fluxo constante de experiências trocadas, resultando na integração entre níveis diversos de investigação científica, contribuindo para um olhar plural acionado por variados repertórios conceituais sobre o fenômeno das teatralidades”, dessa maneira realçando o espírito que permeou o trabalho.

Meu texto, De Carpentier a Tolkien, entre o maravilhoso barroco e o maravilhoso encantado nada mais é do que uma proposta em discutir, ainda que em bases mínimas, a beleza do conceito utilizado por Carpentier para nossa realidade latino-americana É também relacionar a força da estrutura narrativa das escrituras marginais com o encantamento proporcionado pelas narrativas de Tolkien, recriado sob a inspiração das culturas midiatizadas contemporâneas e produzidos nas teatralidades dos coletivos steampunks e medievalistas.

Acima de tudo foi muito divertido e agradável participar desta coletânea inédita em sua proposta temática. Os textos, 15 ao todo, abordam assuntos diversos como culinária, moda, games, literatura, arquitetura, imagem, o que proporciona um interessante caleidoscópio sobre as diversas teatralidades juvenis discutidas.

O livro começa a buscar seus espaços, já foi apresentado no Simpósio Internacional sobre a Juventude Brasileira, ou simplesmente Jubra 2017, realizado no começo do mês em Fortaleza, e agora será apresentado no III Frikilóquio, Colóquio de Ciências Humanas e Sociais sobre Culturas e Consumos Freaks, a se realizar daqui a dias no Centro Cultural Paco Urondo, aqui em Buenos Aires.

Sigo agora para o complemento das Jornadas de Sociología, na Facultad de Ciencias Sociales, com a mesa Teoria Marxista de la Dependencia: balance y perspectivas.


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