A Poesia vinda do fundão da ZL, declamada no centro financeiro
Décimo
quinto dia de #OcupaPaulista, dia de novas entregas de livros para o MTST.
Retiro de minha pequena biblioteca os textos de geografia, de urbanismo, de
literatura que poderão voltar a ser úteis na biblioteca do movimento. No
crepúsculo do dia, mais uma jornada vencida e nos espaços da ocupação, o
sentimento de se estar em um território livre. Em meio ao turbilhão de famas
atarantados, que se movem na calçada ao ritmo dos relógios, os cronópios cantam
e desafiam. Um ato simbólico certamente muito mais potente do que foi o
encontro de Fidel com Malcolm X no Harlem, em 1960, pois o acampamento do MTST
se estende em pleno centro financeiro da metrópole. Enquanto aguardam as
negociações a se realizarem em Brasília, trabalham na melhoria da
infraestrutura, na preparação das refeições, dos eventos poéticos e musicais,
das reuniões internas, da recepção de convidados ilustres. Ainda assim,
permanecem invisíveis para as instâncias do desgoverno golpista: a justiça, a
mídia latifundiária, o Congresso, os aparelhos de segurança e mesmo para os
pequenos intelectuais, 'os pensadores de lâmpadas", como diria Martí. Não
importa, sob essa invisibilidade, organizam pacientemente os próximos passos.
A bandeira do MTST tremula na av. Paulista
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