Assim, o princípio da poesia é, estrita e simplesmente, a aspiração humana a uma beleza superior, e a manifestação desse princípio reside num entusiasmo, numa excitação da alma - entusiasmo absolutamente independente da paixão, que é a embriaguez do coração, e da verdade, que é o alimento da razão. Porque a paixão é natural, demasiado natural para não introduzir um tom ofensivo, discordante, no domínio da beleza pura, demasiado familiar e por demais violenta para não escandalizar os puros Desejos, as graciosas Melancolias e os nobres Desesperos que habitam as regiões sobrenaturais da poesia. (...)
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