Com esse governo instituído e ainda não constituído, não resta para as forças populares senão o embate político sem quartel. Isso porque o ex-capitão e sua turma ministerial incorporou um posicionamento ideológico claro de demolição das instituições brasileiras, o sucateamento de nossa cultura e educação, terra arrasada para daí edificar algum monstrengo abjeto que nos faça penar em um cotidiano infernal.
Ontem as manifestações do 30M ao que tenho notícia foram bem-sucedidas, com milhares de estudantes e de movimentos organizados nas principais cidades brasileiras, em especial Rio, São Paulo e BH e muitas outras em que existe universidades federais. O plano metódico de destruição simbolicamente ao meu ver se equipara com o que os nazistas fizeram com a estrutura urbana em Varsóvia. Como são seres sem profundidade espiritual e política, agem por impulso e certamente amparados por uma força invisível poderosa, que os orienta na confusão.
O capital financeiro? Os think tanks ultra-liberais, amparados por mucha plata dos seus mecenas bilionários? O departamento de justiça de tio Sam, as milícias cariocas, os grandes empresários ainda hipnotizados por uma política econômica vaga que os privilegia? Ou tudo isso junto e mais outras parcelas desprezíveis da sociedade civil brasileira, como políticos ligados ao agronegócio, à bíblia, à política insossa de confronto como os dos MBLs da vida? O que alimenta tanta inconsequência e bestialidade? O que orienta tanto despautério?
Um parágrafo de questionamentos que solicita respostas objetivas e explícitas dessa gente sem projetos, que uma vez no poder, caminha ao sabor de atitudes irresponsáveis e apenas aprofunda o abismo entre as distinções sociais, entre grupos étnicos e religiosos. Certamente não iremos longe nessa vereda tosca de cortes educacionais e reformas previdenciárias que precarizam a vida dos mais pobres. E insistem em não dialogar, em não propor mesas de debate, em eliminar pontes. Sentem-se fortes por esse poderoso apoio invisível, e não obstante cavam fundo sua sepultura na indignação social.
Não podemos esperar de braços cruzados. Não nos resta nada mais do que o confronto, a única linguagem que esses trogloditas de gabinete podem compreender.