18 novembro 2017

Os descaminhos do velho jornalismo

Victor Hugo Morales e Roberto Navarro 

São os tempos obtusos de um 'neo-jornalismo', que destroça o que resta do bom jornalismo. Aqui no Brasil, as mudanças se deram de maneira lenta, gradual e segura, consolidando o descarte de experientes jornalistas por um punhado de pistoleiros sem qualquer brilho narrativo, contratados pela oligarquia midiática que apoiou o golpe político de 2016..

Na Argentina, ocorre a mesma articulação patronal de censura às vozes dissonantes. Há poucas semanas descartaram Roberto Navarro, que conduzia o programa Economia Política; e nestes dias, Victor Hugo Morales, que conduzia o programa El Diário, ambos no C5N, resultado de evidentes pressões políticas do atual governo

O macrismo assim estimula o relato jornalístico cínico e dissimulado. Para seus porta-vozes, os veículos de comunicação corporativos, jornalismo se faz com denuncismo vago e abjeto, comprado por trinta moedas. Nada resulta dessa caricatura sem pauta, que repercute seu sensacionalismo barato com a finalidade de propagar o silêncio dos cemitérios.

Por fim, é doloroso perceber a transfiguração dos meios de comunicação tradicionais, transformados em correia de transmissão dos interesses do Capital. Neste blog, é possível acompanhar as postagens desde o início e observar uma mídia que paulatinamente se asselvaja, fazendo a opção jornalística ao pior estilo murdochiano. 

Será com muito esforço que o verdadeiro jornalismo, sinônimo de liberdade de expressão, conseguirá recuperar sua credibilidade junto ao público, que não está indiferente à informação com qualidade.


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