Manacá, de Tarsila do Amaral, 1927 |
Tive em mãos Contraponto,
de Aldous Huxley e não foi só. Também cheguei a retomar os contos de Hemingway
e Carver, mas sou sugado, essa a palavra, à literatura latino-americana, Juan
Rulfo, Borges, Cortázar, que voltam a me enredar, possivelmente animado pela minha viagem com Mônica a Buenos Aires, de onde trouxe alguns volumes de
contos e romances. Agora me fixo na biografia e nas poesias de Alfonsina Storni, tão pouco compreendida em seu tempo, não por sua exuberante poesia, mas por sua condição social de mãe solteira. Viajo mentalmente pelo tempo, frequento a cidade nos anos 1930, o
contexto político. Abro algum espaço em minhas leituras (e escrituras) para acompanhar o acerto de contas com a ignorância bolsonarista, do desenvolvimento das ações políticas ao enquadramento dos vândalos de 8 de janeiro. E logo regresso à atividade pedagógica da literatura. Visitamos o museu de Evita Perón, o que desencadeou o processo de análise crítica, regressando aos anos 1940 e confrontando todos os passos, todos os equívocos e acertos. Lula ascendeu e toma medidas sociais e políticas importantes, e isso
não passará incólume! Repentinamente tudo vindo de nossa Latinoamerica torna-se indispensável, as leituras no instagram de Eduardo Sacheri, as imagens de Pepe Mujica, trechos lidos de Zama, de Di Benedetto, o som de Caetano e Gil que nos embala... Pelas manhãs, declamo por whatsapp as poesias de Pablo
Neruda para Moniquinha, como de costume. Saboreio no sofá as letras
predominantemente portenhas, aqui incluindo Samanta Schwebling. Não tenho
pressa.
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