Varsóvia, 1994 |
Aproveitando o tempo bondoso das férias, procuro realizar
com algum ânimo e dedicação, ainda que sem o devido apuro acadêmico, leituras
envolvendo o tema do neoliberalismo. São diversos autores que pretendo estudar
e na medida do possível, irei destacando alguns pontos que considere relevantes
da discussão de cada um.
Por essa razão, os títulos das postagens se repetirão, com o
acréscimo do numeral romano. Começo abaixo com o oportuno trabalho organizado
pelo Prof. Antonio Corrêa de Lacerda, da Faculdade de Economia e Administração
da PUCSP, O Mito da Austeridade, publicado pela
Contracorrente em 2019.
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"Duas características marcam, essencialmente, a
ideologia neoliberal: primeiro, o princípio da concorrência. A competição
possui um papel-chave nessa ideologia, norteando toda organização econômica.
Segundo, o princípio ético da autossuficiência, com a ação individual, dentro
de um sistema competitivo, devendo prover as necessidades econômicas e
sociais.
A competição e a autossuficiência não negam a ação
estatal, mas ela só se justificaria a fim de garantir as condições para que a
ação individual e a concorrência se desenvolvam de maneira plena. Nesse
sentido, não haveria uma oposição entre mercado e Estado no neoliberalismo, mas
uma crítica às formas de intervenção estatais que não tenham como princípio
favorecer a concorrência entre os agentes econômicos".
(Pereira, Mariana R. Janssen. Políticas
sociais frente à austeridade, in: Lacerda, Antonio Corrêa de (org.), O Mito
da Austeridade, editora Contracorrente, 2019, p. 82).
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