O que
podemos fazer nesses tempos obtusos senão denunciar a vilania que atenta à
liberdade e às garantias jurídicas? Se aqui invadem e levam em prisão
coercitiva a reitores de universidades públicas, na Argentina se pede o fim da
imunidade parlamentar e a detenção de Cristina Kirchner e outros políticos.
São os
movimentos sincronizados e espetaculosos de judiciários que se deixam levar
por atos impulsivos, içados ao proscênio político em substituição aos militares
golpistas, com o claro objetivo de nadificar a existência da oposição
organizada e assim colocar em xeque o estado democrático de direito.
O jogo de
cena, ainda que desmedido em suas proporções, acoberta as decisões de governos
sem face e sem voz, a serviço de reformas que contemplem o Capital e viabilizem
uma economia toscamente liberal. Seja como for, não são ações suficientes para esmorecer a luta
cívica que se anuncia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário