Honduras
possui uma TV que rompe com o mainstream
dominante local, com uma pauta atuante nestas eleições majoritárias do país.
Ou
seja, um pequeno país de nossa América, com poucos recursos econômicos,
controlado politicamente por uma elite cínica e autoritária, mas que consegue
constituir uma emissora combativa, corajosa, que apresenta um jornalismo digno
de elogios.
Juntamente
com a rádio Globo de lá - que felizmente não guarda nenhuma relação com o
nefasto conglomerado daqui e que foi minha fonte informativa dos eventos que sucederam a ação golpista de junho de 2009 - os méritos de se posicionarem contra a vilania do
poder político e econômico.
Vale a pena destacar o caráter antecipatório dos acontecimentos políticos de Honduras: em 2009 a ação dos grupos dominantes - mídia, judiciário, empresariado e partidos conservadores - contra o governo legal de José Manuel Zelaya. Foi a primeira vez que tomamos contato com o que se denomina hoje de "golpe prolongado ou suave". Anos depois seria a vez do Paraguai, e depois, de modo aperfeiçoado, o Brasil.
Agora as eleições onde sacramentam a eventual vitória do oposicionista Salvador Nasralla, não reconhecida pelo principal partido da situação, o Partido Nacional. Simultaneamente, em uma ação aparentemente premeditada para se ganhar tempo, os dados consolidados são atualizados em conta-gotas pelo Tribunal Supremo Eleitoral.
Um banho-maria que nos remete aos lamentáveis atos dilatórios da Proconsult e Rede Globo em 1982, quando na ocasião Leonel Brizola vencia no Rio de Janeiro, e que podem perfeitamente repetir-se de modo mais insidioso em 2018.
Como o povo hondurenho, estejamos atentos, até lá não teremos muito mais o que perder, e o limite será nossa dignidade.
(unetv.hn)
Vale a pena destacar o caráter antecipatório dos acontecimentos políticos de Honduras: em 2009 a ação dos grupos dominantes - mídia, judiciário, empresariado e partidos conservadores - contra o governo legal de José Manuel Zelaya. Foi a primeira vez que tomamos contato com o que se denomina hoje de "golpe prolongado ou suave". Anos depois seria a vez do Paraguai, e depois, de modo aperfeiçoado, o Brasil.
Agora as eleições onde sacramentam a eventual vitória do oposicionista Salvador Nasralla, não reconhecida pelo principal partido da situação, o Partido Nacional. Simultaneamente, em uma ação aparentemente premeditada para se ganhar tempo, os dados consolidados são atualizados em conta-gotas pelo Tribunal Supremo Eleitoral.
Um banho-maria que nos remete aos lamentáveis atos dilatórios da Proconsult e Rede Globo em 1982, quando na ocasião Leonel Brizola vencia no Rio de Janeiro, e que podem perfeitamente repetir-se de modo mais insidioso em 2018.
Como o povo hondurenho, estejamos atentos, até lá não teremos muito mais o que perder, e o limite será nossa dignidade.
(unetv.hn)
(http://www.radioglobohonduras.com/)