Foi nesse espírito que desenvolvi minhas reflexões, e aos poucos a força e amplitude das análises ganharam espaço em congressos acadêmicos ou mesmo de projetos de pesquisa. O alcance das rádios digitais sulamericanas disseminando os avanços sociais me animaram a pensar a Pátria Grande, o barroco, o realismo maravilhoso - política e literatura juntos na interpretação de uma poderosa independência colegiada, enfim alcançada. Bem, não preciso transcrever meu entusiasmo, basta retomar as escrituras aqui presentes para concluir como incorporei esse processo de identificação.
Meu duro posicionamento em relação à chamada mídia hegemônica questionou sempre sua parcialidade, ou digamos melhor, o esforço pela defesa de seus interesses, e isso passou pelos inúmeros processos eleitorais da América do Sul, em especial, Venezuela, Argentina e Brasil. Assumi o posicionamento do jornalismo independente e digital, que aos poucos ganhou destaque na denúncia de um jornalismo que representava de modo cada vez mais irresponsável a opinião do patrão, opinião que se ligava e se liga a uma oposição difusa, simpática a uma dispersa gama de políticos conservadores.
Hoje a discussão neste espaço não prossegue na oposição ao jornalismo tendencioso, o que já está suficientemente exposto ao longo dos quase sete anos de blog, mas na denúncia dos falsos profetas que, de início poucos, hoje assumem a proeminência nas redações e constituem com seus discursos distorcidos a ponta de lança ideológica que incentiva os movimentos opositores, nas diversas instâncias da sociedade civil, a mobilizarem-se com inaudita violência desagregadora, seja ela física ou verbal.
Triste ver que são muitos, ocupando distintas funções na produção de informação, e que atuam com incrível poder de articulação. Já há uma segunda, uma terceira geração de pequenos lacerdas, derivados não de Carlos Lacerda, o jornalista e político que por vezes vestiu a roupagem de líder golpista, mas de farsantes menos competentes como os Pondés, os Constantinos, os Azevedos, os Villas, os Mainardis, os Waaks, reprodutores de falas acintosas e destituídas de uma análise crítica mais elaborada e responsável, representantes de um discurso cujo sentido polêmico se esmera em desagregar.
Os pequenos lacerdas, que repito, não alcançam o brilho duvidoso do argumento de Lacerda, ou mesmo de um desatinado como Paulo Francis, se satisfazem em criar um clima de profunda descrença nas instituições. Nunca é demais afirmar que não se trata de indivíduos atoleimados, ao contrário, possuem grande sagacidade na artimanha discursiva, mas justamente quando mais se poderia esperar deles, fenecem, porque a leitura da realidade não constrói, não é consistente, e se propõe ao consumo imediato. No esforço de preservar um niilismo de aluguel, perdem legitimidade.
Por isso creio que o verdadeiro cidadão democrata, imbuído de um compromisso com a cidadania, não precisa temer essa estirpe. Como já escrevi antes, ela se apropria de um modus operandi que prega a reflexão rasa, sem nada acrescentar a não ser o ódio, a arrogância, o sectarismo, sentimentos que não encontram amparo junto às forças vivas da sociedade! No mesmo dia em que as bicicletas tomaram conta de uma Paulista ensolarada e solidária, um sujeito resolveu agredir verbalmente um ex-ministro. Não era Lacerda, tampouco um desses pequenos lacerdas, mas um desafortunado cujo palavrório se presta a assediar ideias e pessoas com a mesma iniquidade.
Os pequenos lacerdas, que repito, não alcançam o brilho duvidoso do argumento de Lacerda, ou mesmo de um desatinado como Paulo Francis, se satisfazem em criar um clima de profunda descrença nas instituições. Nunca é demais afirmar que não se trata de indivíduos atoleimados, ao contrário, possuem grande sagacidade na artimanha discursiva, mas justamente quando mais se poderia esperar deles, fenecem, porque a leitura da realidade não constrói, não é consistente, e se propõe ao consumo imediato. No esforço de preservar um niilismo de aluguel, perdem legitimidade.
Por isso creio que o verdadeiro cidadão democrata, imbuído de um compromisso com a cidadania, não precisa temer essa estirpe. Como já escrevi antes, ela se apropria de um modus operandi que prega a reflexão rasa, sem nada acrescentar a não ser o ódio, a arrogância, o sectarismo, sentimentos que não encontram amparo junto às forças vivas da sociedade! No mesmo dia em que as bicicletas tomaram conta de uma Paulista ensolarada e solidária, um sujeito resolveu agredir verbalmente um ex-ministro. Não era Lacerda, tampouco um desses pequenos lacerdas, mas um desafortunado cujo palavrório se presta a assediar ideias e pessoas com a mesma iniquidade.